“Eu não sou mestre do mundo, mas sou, pelo menos, mestre da representação que tenho dele.”
Michel Lacroix
O optimismo é, em grande parte, fruto de um trabalho sobre nós próprios. Mesmo que a pessoa não tenha uma história de optimismo, geneticamente determinada, pode desenvolver essa força interior em qualquer momento da vida. Cultivar o lado bom das coisas, saborear os pequenos nadas… Ou seja, podemos aprender e treinar o optimismo. Podemos construi-lo, portanto.
Não me refiro a um optimismo irrealista que vê tudo cor-de-rosa. Refiro-me à construção de um estado de espírito inteligentemente positivo em que se vêem as dificuldades, mas se procuram as soluções. É sabido que às vezes, por mais que nos esforcemos e empenhemos, as coisas não resultam como desejaríamos. É justamente aqui que o optimismo se revela: Recomeçamos, perseveramos. Vemos oportunidades de aprendizagem nas dificuldades. Face a um problema, agimos para tentar resolve-lo e descobrimos o seu lado positivo.
O optimismo é uma atitude de confiança na existência. Não se limita a uma atitude mental (confiança no futuro). Traduz-se também em estratégias que se adaptam à resolução de problemas. É de pensamento e acção. Face ao incerto, parte-se do princípio que há uma saída favorável e age-se para facilitá-la.
Vivemos num mundo muito crítico que tem quase sempre a dizer mais mal que bem. Há tendência para reparar mais nos erros do que nos acertos; nos fracassos do que nos sucessos. Raramente nos debruçamos sobre o bom e positivo da vida, pouco partilhamos as vitórias. É justamente contra esta tentação para o negativismo que devemos lutar, cultivando o lado bom da existência, valorizando as oportunidades de felicidade, abrindo os olhos para todos os momentos de bem-estar.
Soube-me bem: Ver a apresentação dos trabalhos dos meus alunos no âmbito da publicidade.
Foi inspirador: O dia de hoje. Passei da Primavera de uma geração, com toda aquela criatividade e energia, para o Outono/Inverno de outra, com aquele sorriso tranquilo perante a existência, quando saí das minhas aulas para assistir à sessão de abertura do novo ano lectivo na "Nova Atena". Foi inspirador sentir que a "estruturação do tecido social" é possível.
Agradeço: "O futuro com passado."