Quarta-feira, 14 de Outubro de 2009

O optimismo constrói-se

“Eu não sou mestre do mundo, mas sou, pelo menos, mestre da representação que tenho dele.”

 

                                                                                              Michel Lacroix

 

O optimismo é, em grande parte, fruto de um trabalho sobre nós próprios. Mesmo que a pessoa não tenha uma história de optimismo, geneticamente determinada, pode desenvolver essa força interior em qualquer momento da vida. Cultivar o lado bom das coisas, saborear os pequenos nadas… Ou seja, podemos aprender e treinar o optimismo. Podemos construi-lo, portanto.

Não me refiro a um optimismo irrealista que vê tudo cor-de-rosa. Refiro-me à construção de um estado de espírito inteligentemente positivo em que se vêem as dificuldades, mas se procuram as soluções. É sabido que às vezes, por mais que nos esforcemos e empenhemos, as coisas não resultam como desejaríamos. É justamente aqui que o optimismo se revela: Recomeçamos, perseveramos. Vemos oportunidades de aprendizagem nas dificuldades. Face a um problema, agimos para tentar resolve-lo e descobrimos o seu lado positivo.

O optimismo é uma atitude de confiança na existência. Não se limita a uma atitude mental (confiança no futuro). Traduz-se também em estratégias que se adaptam à resolução de problemas. É de pensamento e acção. Face ao incerto, parte-se do princípio que há uma saída favorável e age-se para facilitá-la.

Vivemos num mundo muito crítico que tem quase sempre a dizer mais mal que bem. Há tendência para reparar mais nos erros do que nos acertos; nos fracassos do que nos sucessos. Raramente nos debruçamos sobre o bom e positivo da vida, pouco partilhamos as vitórias. É justamente contra esta tentação para o negativismo que devemos lutar, cultivando o lado bom da existência, valorizando as oportunidades de felicidade, abrindo os olhos para todos os momentos de bem-estar.

 

Soube-me bem: Ver a apresentação dos trabalhos dos meus alunos no âmbito da publicidade.

 

Foi inspirador: O dia de hoje. Passei da Primavera de uma geração, com toda aquela criatividade e energia, para o Outono/Inverno de outra, com aquele sorriso  tranquilo perante a existência,  quando saí das minhas aulas para assistir à sessão de abertura do novo ano lectivo na "Nova Atena". Foi inspirador sentir que a "estruturação do tecido social" é possível.

 

Agradeço: "O futuro com passado."

 

 

 

 

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publicado por descobrirafelicidade às 17:40
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De Anónimo a 15 de Outubro de 2009 às 18:19
Teresa: O teu texto fez-me completar a minha noção de criatividade. Sempre senti que ser criativo era resolver problemas de uma forma harmoniosa, pessoal e eficaz, fosse para colmatar uma dor de alma ou o pingar de uma torneira e por aí fora. Depois de te ler, acrescento que ser criativo é ser optimista. Nunca tinha visto a mesma atitude do ponto de vista do optimismo. Talvez porque como diz a nossa amiga Rita, sempre me ter considerado uma pessoa muito pessimista. Estava enganada...
Hoje foi bom conhecer a Nucha e partilhar ideias, o que na linha da risota do eu partilho, tu partilhas, agora me faz lembrar cerejas...e já, já já, Pablo Neruda e...antes que comece a evadir-me, o que é excelente nestes fins de dia: obrigada. Alexandra
De Nucha a 15 de Outubro de 2009 às 19:42
Teresa e Alexandra,
Não posso deixar de sorrir ao ler este comentário. E sem ser a propósito do texto, sempre belíssimo da Teresa...venho dizer-vos (extensivo à Rita) que foi fantástico perceber que há muita gente boa, interessante, séria, corajosa, verdadeira, estimulante...enfim, gente a sério!Foi muito bem ter-vos conhecido.E é entre gargalhadas e coisas sérias que muita coisa nasce!
Beijinhos.
Nucha
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