Terça-feira, 8 de Setembro de 2009

"Ter" e "Ser"

“TER” e “SER”

A aquisição de bens parece ser, hoje, o único meio de valorização pessoal. Para se ser reconhecido, é necessário ter. A felicidade parece passar exclusivamente pelo ter e não pelo saber ser e o saber fazer. Muitas vezes, na impossibilidade de fruição de um bem, o ser humano contenta-se com a sua posse. Eu sou o que tenho, o que consumo.

TER”

A filosofia do “ter” é intrínseca à sociedade à sociedade industrial, em que o desejo por dinheiro aparece muitas vezes como meio determinante de se ser reconhecido e aceite enquanto pessoa.

Uma manifestação do modo “ter” é a da apropriação. A atitude típica da era de consumo consiste em querer “engolir” o mundo inteiro.

O consumidor é um eterno bebé chorando pelo seu biberão.

A diferença entre os modos de existência “ter” e “ser” equivale à diferença entre uma sociedade centrada nas coisas e outra centrada nas pessoas.

“SER”

“Ser” é mergulhar na realidade de nós próprios, dos outros e do mundo à nossa volta.

A felicidade, diz Jung, consiste em estar bem connosco próprios e com os outros. Ao modo “ser” estão associadas a independência, a liberdade e a consciência crítica. A sua característica fundamental é ser-se activo, não no sentido duma actividade virada para o exterior, mas no sentido duma actividade interior, de utilização das suas potencialidades. Ser activo é expressar as faculdades, os talentos. Ser activo é desenvolver-se, amar e mostrar-se interessado.

Os jovens, o dinheiro e o crédito: Instituto do Consumidor (adaptado)

O nosso sistema político baseia-se, de facto, no crescimento económico, medido através do PIB, que cresce graças ao aumento do consumo.  Porém, um baixo nível de consumo não é, necessariamente, sinónimo de infelicidade. "As pessoas sabem quais são as verdadeiras fontes de uma felicidade duradoura (ter relações sólidas, aceitar o que se é, pertencer a uma comunidade), mas uma poderosa aliança de interesses políticos e económicos tenta desviá-las, fazendo-as gastar mais."

Devemos consciencializar-nos que uma economia de baixo consumo se impôe e reconhecer  a necessidade de mudanças no estilo de vida orientadas para a satisfação das verdadeiras necessidades humanas.

 

Soube-me bem: A manhã tranquila.

Foi inspirador: Ver o blog de Fernando Nobre - fernandonobre.blogs.sapo.pt/

Agradeço: A vinda do meu amigo Zé a este espaço.

 

publicado por descobrirafelicidade às 11:41
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5 comentários:
De descobrirafelicidade a 9 de Setembro de 2009 às 23:46
Cidália

Foi a maior dádiva do meu dia: Um comentário da minha grande amiga que "não se sente confortável" a escrever, acha que não sabe o que dizer e, à partida, não comenta por escrito... Foi mesmo uma grande sorte a minha teres vindo cá hoje! Não há dúvidas que os deuses olham por mim.
Pelos vistos estás a trabalhar. Não te tinhas prometido a ti mesma desligar-te um pouco à noite?
Para mim ainda bem, pois deu-me a oportunidade de te ler e perguntar-me porque é que não te sentes confortável em escrever. Retratas tão bem o que te está a acontecer. Uma pena ser tão difícil mudar o paradigma, não é?
Ainda quanto ao teu comentário o Afonso é que ficou ciumento por não ter a mesma sorte...
Gostaria tanto que pudesses dedicar-te àquilo em que te sentes plena e em que desenvolvesses ainda mais todo o teu talento e potencial. Acredito que ainda vais conseguir e tu também tens de acreditar.
Um abraço muito amigo e e se não trabalhas à noite.
De Cidália a 12 de Setembro de 2009 às 16:40
Linda, quis escrever algo para ti e deste-me inspiração ...
Estou mesmo a fazer um esforço de não trazer trabalho, mas às vezes tem de ser - há datas a cumprir.
Talvez em breve consiga fazer com mais facilidade aquilo que gosto ... bjs

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