"A Arte é um refúgio onde o espírito voa."
Gao Xingjiang
No seu livro "L`art du bonheur" Christophe André diz-nos que a contemplação da tela de um mestre é, em si, uma experiência de felicidade. Foi o que senti hoje ao contemplar as telas de Gao Xingjiang no Museu de Arte Moderna em Sintra. A pintura de Gao Xingjiang vai além da técnica tradicional chinesa de xieyi ("pintura do sentimento" ou "escrita do espírito"), pois conduz-nos à reflexão e faz-nos pensar profundamente. Uma pintura que, em silêncio, nos habita.
Gao Xingjiang é pintor, escritor e cineasta. Como se pode ler no catálogo da exposição "As profundidades e perspectivas dão vida a uma paisagem interior tão profunda que o observador se pode perder nela e, por sua vez, encontrar-se. Com Gao, a sobriedade da tinta-da-china eclode numa explosão de luz que desvenda as verdades que importam ao homem, mantendo-se, porém, o enigma inerente à arte."
Sem dúvida que este pintor "consegue penetrar o nosso "eu" mais profundo, até ao ponto de nos interrogarmos se não terá habitado em nós desde sempre."
Foi o refúgio onde voei.
Soube-me bem: A ida a Sintra.
Foi inspirador: Ver a exposição "Depois do dilúvio".
Agradeço: À blogosfera terapêutica.