Sábado, 28 de Novembro de 2009

Gentileza

“Ser gentil torna-me feliz e estar feliz torna-me gentil.

                                                    Christophe André

  

 "Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras açcões."

                                                  Leonardo Boff

 

 

Ontem cheguei a casa com uma sensação de mal-estar que achava ser fruto de circunstâncias exteriores. Depois pensei um pouco melhor e concluí que não era do exterior, mas sim do meu interior, da forma intempestiva como tinha reagido a factores externos. Sinto que uma grande aprendizagem ainda tem de ser feita por mim e este ano está a proporcionar-me muitas oportunidades de a fazer. Uma aprendizagem que diz respeito, sobretudo, à gentileza. Creio que a maioria das pessoas que me conhece me considera gentil, mas tenho a consciência de que um grande trabalho ainda tenho de fazer para o ser realmente.

O meu mal-estar de ontem era fruto da culpabilidade que sentia pela minha reacção agressiva tida nessa a manhã. Sei-o agora, com maior consciência, que acabei de ler os artigos relativos ao lançamento, pela revista Psychologies, do “Dia da Gentileza” em França – talvez não fosse má ideia fazê-lo em Portugal também.

Parece que no mundo competitivo em que vivemos – em que dominam as relações de força – a “gentileza” não tem uma conotação lá muito positiva, sendo associada, de alguma forma, a uma fraqueza. E, no entanto, a gentileza é a nossa “ecologia relacional”. Ela existe em todos nós, bastando um pequeno gesto para que contagie todos os que nos rodeiam. Começa no berço em que basta a um bebé ouvir o choro de outro para empaticamente começar a chorar também. Depois, na infância em que as crianças que se mostram gentis e atentas aos outros são mais apreciadas e têm melhores resultados escolares (um estudo feito em crianças com dificuldades escolares mostrou que aquelas que se voluntariavam para ajudar as outras a fazer os trabalhos melhoravam os seus resultados). E depois, todos os pequenos gestos que possamos ter, desde o sorriso ao desconhecido que vai connosco no elevador, à flor que podemos oferecer a quem nos atende no supermercado, ajudam a construir um futuro mais humano e solidário. Bastam pequenas atenções quotidianas para que cada dia nos traga uma alegria gentil.

 

Soube-me bem: Explorar o sitewww.worldkindness.org.sg/

Foi inspirador: Pensar na gentileza como filosofia de vida.

Agradeço: Tudo o que me tem sido gentilmente oferecido.

 

 

 

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publicado por descobrirafelicidade às 14:32
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De Marta M a 1 de Dezembro de 2009 às 23:50
Teresa:
Minha amiga, gostava tanto de acreditar que a felicidade traz sempre gentileza...Acredito que, na maioria das vezes será assim, mas já vi acontecer o contrário..Já vi acontecer a gentileza ser usada para que, como dizes, sermos apelidados de "fracos" e que, nesse processo tenhamos que nos colocar à defesa...quando isso é o último que queremos.
Não me lembro de não utilizar a gentileza para me relacionar com os outros e, no entanto, já experimentei o contrário demasiadas vezes..
Teresa, acredito profundamente que devemos "semear" aquilo que pretendemos colher. Mas, às vezes essa matemática não funciona. Depende absolutamente de "quem" se trata.
Cada vez me convenço que devemos rodear-nos de pessoas com boa formação de base ou...com coração generoso. Nem sempre estas qualidades estão juntas ou habitam naqueles que mais amamos.
Às vezes é nos mais próximos que se descarregam todas as frustrações..e isso, confesso, faz-me tanta confusão.
E desanima...
Não leves a mal estar tão "amarga" neste teu espaço sempre tão "sereno". Mas hoje não consigo melhor e amanhã, de certeza, já estou a investir em toda a linha, como habitual.
Hoje não dá, mesmo.
Abraço amigo
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