“Apesar de vivermos mais anos, com mais saúde e melhores condições materiais, nunca houve tantos casos de depressão (aumentaram 7 vezes em 20 anos), tantas perturbações de comportamento, tantas tentativas de suicídio, tanta solidão.
A sociedade de bem-estar é uma sociedade de frustração. Depois da década de 60, desenvolveu-se a ideia de que o consumismo cria decepção porque mostra o que você não vai ter (…).
O que é preciso corrigirmos é o lugar que o consumo ocupa nas nossas vidas, fazendo-o numa ética da pessoa. Mas, só uma outra paixão poderá permitir reduzir a paixão consumista; temos de inventar uma pedagogia, uma política de paixões capaz de mobilizar os afectos fora do consumível, da compra: no trabalho, na criação, no desejo, na arte, temos de criar uma ecologia mais equilibrada da existência. O crucial é que as satisfações aconteçam fora dos paraísos passageiros do consumo.”
Felicidade paradoxal, Gilles Lipovetsky
Precisamos encontrar uma realização que seja menos baseada no consumo e mais na ética, na relações pessoais, na espiritualidade e na alegria. É necessária uma mudança do paradigma da sociedade.
Nota: Apesar da minha amiga Nucha treschavenasdecha.blogs.sapo.pt/53301.html se referir a mim quando nos fala de uma das exposições da experimentadesign, foi ela que me deu a conhecer o conceito Timeless. Que tal pensarmos nas suas palavras?
Soube-me bem: A manhã passada na Fundação Oriente.
Foi inspirador: Lembrar-me do conceito "UBUNTU" ao folhear pela enésima vez o livro: Me We - Love Humanity & Us - um dos livros mais bonitos que já vi. Aqui fica a sinopse:
Ubuntu is an African ideology which roughly translates as humanity towards others and emanates from the belief that a universal bond connects all humanity. In Me We, this human connection is captured in a breathtaking collection of images from across the globe. Me We is an epic photographic project featuring images of love, kindness, tolerance, hope and compassion, captured by the world's top photojournalists, and is a stunning addition to the Ubuntu collection.
Agradeço: Os laços que nos ligam.
De
Marta M a 10 de Outubro de 2009 às 21:31
Teresa:
Tenho estado um pouco mais ausente, com trabalho da escola e com um novo livro que me foi enviado por uma amiga e que tem merecido a minha atenção.. ;)
No entanto, ao visitar-te encontrei este post sobre o consumismo e sobre o seu ciclo viciante e vazio. Apenas mais algumas linhas para subscrever o conteúdo do post e, lembrar também que , neste momento, existe uma oportunidade única para rever paradigmas falidos: encontrando-nos no auge (?) desta crise económica .
Assim sejamos capazes de, como se refere, substituir um vício vazio por algo motivador e construtivo.
Eu aposto também na arte com a sua linguagem univesal e congregadora, e nos livros, e no yoga e na música...
Não faltam alternativas, pois não?
Bom fim de semana
Marta
Creio, tal como tu, que "neste momento, existe uma oportunidade única para rever paradigmas falidos", encontrar um novo estilo de vida e substituir um vício vazio por algo construtivo e apaixonante.
Devemos ambicionar uma vida mais activa enquanto pessoas por inteiro, o que implica investir na nossa participação sociocultural e cívica.
Valorizar o consumo do gratuito ou barato em bens que realmente nos valorizem.
Bom resto de domingo
Olá!
Hoje importa mais o Ter do que Ser. Ou melhor, hoje o Ter, faz o Ser.
Muitas depressões têm a ver com problemas pessoais entre outros. Longe de mim querer julgar, pois a vida não é facl, sobretudo para alguns.
Muitas das actuais podem-se dever ao facto de que, muita gente se aperceba que, ter um carro "xpto" e uma casinha(!) de inumeros andares, não é sinonimo de felicidade. enfim, tal como diz o texto que publicas: "O crucial é que as satisfações aconteçam fora dos paraísos passageiros do consumo.”
Abraço e votos de uma semana calma!
Joana
É mesmo isso: Há que mergulhar naquilo que realmente tem valor e não tem preço: Os afectos, o sentir, o céu, o sol... Uma semana calma para ti também
De
Nucha a 17 de Outubro de 2009 às 15:03
Teresa,
Encontrei agora uma coisas muito gira sobre o optimismo: O optimismo é uma medicina invisível...e esta?????
Beijinhos.
Nucha
Nucha
Mesmo giro! É mesmo uma medicina invisível. Não me vou esquecer. Obrigada
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